(Foto: Wildes Lima)
Cerca de 50 manifestantes ligados ao Movimento Sem-terra bloquearam o quilômetro 27 da rodovia BR-316, no início da tarde desta terça-feira (21), próximo ao município de Benevides, sentido Belém-Santa Isabel. Os manifestantes atearam fogo em pneus protestando contra reintegração de posse do terreno, que segundo eles pertence ao Estado.
Os Sem-terra estão no terreno a quatro anos. Há cerca de três meses saiu a liminar de posse do lote a um fazendeiro, que se intitula dono do terreno. Na época, o fazendeiro, juntamente com seguranças e policiais, destruíram todas as casas das famílias da comunidade. Os Sem-terra voltram, construíram casas improvisadas e, agora, com essa nova liminar, temem que haja violência novamente.
Os Sem-terra afirmam que possuem um documento do Iterpa provando que 30% do terreno pertence ao fazendeiro e 70% ao Estado, que seria a parte deles. Segundo o líder do movimento, Moisés Ramos, os manifestantes lutam por um terreno localizado em uma fazenda em Benevides, distante cerca de 10 quilômetro da BR-316. "O Iterpa (Intituto de Terras do Pará) já deu um laudo comprovando que o terreno é do Estado, mas apareceu um fazendeiro afirmando ser o dono do local. Mesmo com o laudo, um juíz da Vara Agrária de Castanhal concedeu a reintegração de posse para o fazendeiro", explica. Os manifestantes cobram explicações do por quê da reintegração, já que está provado que o terreno é do Estado.
Na próxima sexta-feira (24), às 14h, os manifestantes terão uma audiência com um ouvidor agrário nacional e com o Interpa para discutir as reivindicações. "Ainda queremos a presença dos responsáveis pela Segurança pública e Direitos Humanos nesse audiência que ainda não tem local definido. Vamos entrega a eles, inclusive, um documento que consta uma lista de todos os ameaçados de morte", revela Moisés. (DOL, com informações do repórter Wildes Lima)
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