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sexta-feira, 3 de junho de 2011

CORRUPÇÃO EM TAILÂNDIA 8 DOS 9 VEREDORES

A juíza da Comarca de Tailândia, Aldineia Maria Martins Barros, afastou, ontem, oito dos nove vereadores do município, atendendo pedido do Ministério Público, que constatou a prática de corrupção na Câmara. Os ilícitos envolvem todos os vereadores, incluindo a presidente da Casa, vereadora Maria Júlia Ferreira Celestrino, que fez as denúncias ao Ministério Público e que foi a única a não ser afastada. Ela dará posse aos suplentes dos vereadores afastados, amanhã de manhã. Segundo o advogado particular da vereadora Maria Júlia, Jorge Gama, “a cidade está em festa”.

Acusados de corrupção, nepotismo e apropriação de dinheiro de assessores, foram afastados os vereadores Adauto Felipe Rodrigues, João Antônio Furtado (Jota), Francisco Raulino Zimmermam (Chico Zimma), Francisco Claudino Mendes (Chiquinho), Rochael de Jesus Sobrinho, Antônio Lucival Peixoto de Oliveira (Borracha), José Dário Oliveira Souza e Antônio Viana da Silva (Banha).

As ex-assessoras parlamentares Maria Josilene Lobato Torres (que trabalhou com o vereador Adalto Felipe Rodrigues) e Kamila Luana Franco Evangelista Dias (assessora do vereador “Borracha”) declararam que recebiam apenas R$ 500 do salário de R$ 2 mil que era declarado para a função.

O vereador J. Furtado todos os meses emitia uma nota fiscal da sua empresa (J.A. Furtado, CNPJ: 02757811/0001-67), como serviços prestados de divulgação dos trabalhos da Câmara, o que é proibido pelo Regimento Interno da Câmara. Há denúncia de superfaturamento com gasto de combustíveis e alimentação e uma verdadeira “farra” de diárias que garantiam um segundo salário aos vereadores. O contador da Câmara, Alan Mota, também prestava serviço para a Casa por meio de sua empresa Alfa-Contabilidade.

O presidente da Câmara neste período era o vereador Chico Zimma que presidiu a Casa por dois mandatos seguidos (2007-2008 e 2009-2010) e hoje é o vice-presidente.

Os oito vereadores foram citados, no plenário da Câmara, por dois oficiais de justiça, pouco antes da abertura da sessão de ontem, marcada para as 17h para debater o afastamento da atual presidente. Eles agora têm 15 dias para se manifestar.

O DIÁRIO tentou contato ontem com os vereadores afastados a partir da decisão, mas não obteve sucesso. (Diário do Pará)

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