
Deu para conferir da curva do Cupuaçu, até o Castanheira, uns 30 pontos de ônibuas e fazendo uma média, dentro de 30km ele parou a cada 1km.
Já ali pela passarela do Coqueiro, notava-se nos passageiros a marca da estafa, a impaciência. Uma senhora ao meu lado, carregava uma criança ao colo, aparentemente enferma choramingava e a mãe, preocupada com o horário da consulta, falou: "Hei motorista, o senhor quer levar todo mundo de uma só vez? Uma voz lá de trás masculina, disse: "Logo vi que era esse embromador, que estava ao volante!" - e seguiu-se o burburinho. O condutor, fazia que não era com ele e seguia sua marcha de cágado, proseando com o auxiliar. Um único cidadão que não se mostrava irritado era um senhor na fila à minha direita, que dormia e ressonava, talvez sonhando em já ter chegado ao local que se dirigia. Me contive para não ouvir aquele "delicado" conselho : "Tá com pressa, pega um taxi !".
Eu ia descer em São Braz, porém a paciência esgotou na Tavares Bastos. Desci, apanhei um ônibus urbano e ainda passei pelo nosso "lépido coletivo" em frente ao Bosque Rodrigues Alves. Confesso ter tido vontade de mostrar o dedo médio para o decrepto motorista, mas me contive na minha humilde resignação -quando meu relógio marcava 10h10.
Depois verifiquei: se ele faz aquilo, é porque permitem. O Poder Público parece não ter condições de intervir.
-Agora eu pergunto: é ou não é, um teste de paciência e reflexão?
blog do lino.
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